NADA
Sou um rosto esquecido
Sou quase nada
Pequeno como grão de areia
Como a sombra que o entardecer leva
Sou folha seca no chão
Insignificante como pó à beira do caminho
E nada como o rasto de navio
Sou esquecido como o ontem
E nada como o vazio do vento
Sou a gota seca do oceano
E a estrela que se apagou
Não sou poeta
Procuro migalhas de palavras
Palavras rasgadas ou sangradas na escrita
Sou o viajante anónimo
Da memória sem lembranças
Dos caminhos sem passos
Do coração cansado...
Sou quem sabe um talvez
Que insiste em nascer
Para um dia ser
Mais que um simples nada
Mas um pouco do tudo...
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